Dawn_Angel Escritor
Número de Mensagens : 64 Idade : 36 Localização : I wonder... maybe near Kaname-sama? Data de inscrição : 17/11/2007
| Assunto: and Love said No Sex Set 05, 2008 10:59 pm | |
| A única coisa que tenho a dizer em relação á coisa em si, é que foi criado ás 3:00h da manhã depois de acordar de um pesadelo. Portanto, peço desculpa pelo português, pelos erros e pelos danos psicologicos que esta coisa estranha possa causar. Kuss Gross
Musica: And Love Said No - HIM __________________________________
‘And Love’s light blue Led me to you Through the emptiness that had become my home Love’s lies, cruel, Introduced me to you. And that moment, I knew that I was out of hope.’
Sento-me numa sala onde apenas há relógios. Nesta sala intemporal, os segundos não passam para os minutos, os minutos não passam para as horas e as horas não passam para os dias. Ouço os mecanismos tocar, ouço os ponteiros retroceder constantemente. Nesta sala, onde me sento no centro, o tempo recua, o tempo conta os dias, as horas, os minutos e os segundos que tivemos juntos. Sentado num pequeno banco desta sala, olho para a tua cara, para os teus olhos, para o teu sorriso, preso num pedaço de papel. Descubro as tuas feições com a ponta do meu dedo, sigo os finos traços dos teus lábios com a minha pele. Recordo-me de ti. Respiro o teu perfume, doce como o mel e inebriante, sinto o teu toque, quente e suave como a seda. Ouço a tua voz melódica e calma, provo o teu ser, de uma vez só. Quero-te para mim, quero-te em mim. Quero ver o teu rosto belo, os teus olhos castanhos cor de chocolate, quero respirar o teu perfume. Fiquei sem ti, disseste-me adeus. Querer-te-ei. Passo as minhas mãos frias pelo teu corpo quente. Quero-te. Pergunto pelo teu nome. Quis-te. Olho para ti.
‘Kill me I begged and Love said No Leave me For dead and let me go Kill me I cried and Love said No Kill me I cried and Love said No’
Pergunto-me onde falhei. Os teus olhos não me mentiram, eu vi lá no fundo dessas íris castanhas o amor que tinhas por mim. Eu sei que ele estava lá, eu sei que ele existia, porque o provei. Trinquei-o com toda a paixão que tinha. Dei-te tudo sem temer, o meu corpo estremeceu com a intensidade dos nossos beijos. O meu ser ergueu-se aos céus e levou-te comigo, numa explosão de emoções vibrantes. Sentei-me a teu lado e olhei para o teu rosto angular, peculiar. Os teus cabelos castanhos combinavam com a tua face preciosa; estiquei um dedo frio e tremi com a tua pele quente por debaixo da minha. Olhei para a tua boca e perguntei o teu nome. Os teus lábios curvaram-se num sorriso delicioso e luxuriante, uma palavra percorreu os meus ouvidos como a mais doce das melodias. O teu nome, eu decorei, citando para mim vezes sem conta. Três letras cheias de paixão. Debrucei-me sobre ti e perguntei-te se podia ser teu. E tu sorriste, respondeste-me que sim, que eu seria teu e que tu serias minha. Todas as fibras do meu ser vibraram com a resposta, senti-me preenchido, senti-me completo, senti-me finalmente eu. Os nossos lábios tocaram-se. Lembro-me. Eles encaixavam-se perfeitamente, como se tivessem sido esculpidos um para o outro. Os nossos corpos em sintonia, tocavam-se, sentiam-se, amavam-se. Senti as tuas mãos que afagavam os meus cabelos negros, o meu rosto pálido. Senti os teus olhos presos nas minhas íris castanhas, perscrutando o meu ser. Olhei para ti pelo vidro enegrecido, para minha protecção. As lágrimas de alegria, por veres caiam pelo teu rosto, como dois rios prateados. Eras linda com esses cabelos longos e sedosos. Amei-te. És inebriante com a tua maneira de ser. Amo-te. Serás minha, com todo o teu ser. Amar-te-ei. Até á eternidade. Até onde as estrelas nascem. Até onde as galáxias se formam.
‘Love’s icy tomb Dug open for you Lies in a cemetery that bears my name Love’s violent tune For me to you Rips your heart out and leaves you bleed with a smile on your face’
Olhas-te para mim, ambos deitados naquela cama, os nossos corpos estavam juntos no meio dos lençóis brancos. Enrodilhados naquele tecido falamos e tocamo-nos. Vi-te como eras verdadeiramente. Ouvi o teu nome, essas três letras, saírem pela minha boca. Demos as mãos, entrelaçamos os dedos. Gritamos á noite que nos amávamos. Gritamos á noite por mais. Gritamos aos céus para não nos separarem. Amo-te. Sempre o farei. Deitei-me na relva fresca a teu lado. Perguntei o que querias de mim. Tu disseste que querias amor, paixão, uma vida comigo. Querias ter filhos meus, querias sorrir e chorar comigo. Querias ser um comigo, querias dar-me a mão e perguntar se estava bem. Fiquei feliz. Não cabia em mim, no meu corpo, estava tão contente que todo o mundo tinha de saber.
‘Kill me I begged and Love said No Leave me For dead and let me go Kill me I cried and Love said No Kill me I cried and Love said No
And Love said No’
Será que foi esse o meu erro? Dizer ao mundo o quanto te amava? Menti. Nunca me disseste adeus. Nunca mais ouvi a tua voz melódica. Nunca mais senti a tua pele quente. Nunca mais cheirei o teu perfume inebriante. Nunca mais me esqueci de ti. Nunca mais saí de dentro de ti. Levaste-me contigo para esse mundo onde os vivos não podem tocar. Vi o teu rosto seráfico sobre o chão, o teu corpo envolto no manto vermelho. O ciúme tinha-te levado. Não souberam compreender o meu amor por ti, tiraram-te de mim, arrancaram-te do meu ser. Não quiseram saber se eu me importava. Prenderam-me entre braços e vozes, enquanto eu chorava e gritava por ti. Enquanto via o teu corpo inerte a ser levado por mãos desconhecida. Fiquei só. Sem ninguém. Incompleto. Quebrado. Perdido.
‘Love’s light blue took me from you, And that moment I knew that I was out of hope... Again!’
Sentado nesta sala onde o tempo não corre com sentido, eu lembro-me de ti. Onde os relógios andam de recuas, onde eu te sinto vezes sem conta. Aqui não existe o futuro, o presente fora apagado e o passado repetia-se as vezes que eu quisesse. Nesta sala intemporal somos novamente um. Aqui onde não há leis. Onde não sou velho, nem jovem. Onde sou leve como uma pena. Sinto a vida que há em mim esvair-se lentamente. Sinto-a a correr para longe deste corpo que vaguei-a por entre os vivos. Olhei para as minhas mãos. Não havia nada. Também eu era coberto por um manto vermelho. A perda tinha-me levado com ela. O amor tinha-me negado.
‘Kill me I begged and Love said No Leave me For dead and let me go Kill me I cried and Love said No Kill me I cried and Love said No
And Love said No And Love said No.’
and Love said No | |
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