Estes é o segundo cap! espero que gostem e penso que amanhã terei outro cap mas não tenho a certeza... Chocolate under the full moon
Beautiful Stranger
“I think I’m drowning,
Asphyxiated
I wanna break this spell
That you’ve created
You’re something beautiful,
A contradiction
I tried to give you up,
But I’m addicted.”
Passado um mês estavamos na Alemanha.
E nunca tinhamos estado tão infelizes... eu sei que a casa é enorme e que tem piscina e tudo o mais mas....
Sinto a falta dos meus amigos.
A nossa mãe é juíza eo nosso pai é dono de uma empresa, por isso eles passam a maior parte do tempo fora de casa, deixando-nos com a empregada Emeline... novamente ela é simpátca.
Eu e o Chris estavamos a olhar para o tecto e a ouvir Muse...
- Estamos um bocadinho apáticos não achas...?
Ele perguntou-me.
- Vamos ficar mais entusiasmados... – ele olhou para mim e franziu o sobrolhou, eu olhei para o tecto outra vez e disse com uma muito pouco entusiasmada – As aulas começam daqui a uma semana... - um longo silêncio seguiu-se - Isto é degradante....
Ele desatou-se a rir e disse algo como: “achas que isso é algo que entusiasme?!”, para outras pessoas isto seria impossivel de perceber visto que ele se estava a rir ás bandeiras despregadas.
Nós estavamos nesta situação por causa dos nossos pais e decidimos dar-lhes o tratamento do silêncio. O que me pareceu bastante apropriado mas a verdade é que começava a ser secante.
- Meninos... – a Emeline pagava as favas todas.
Estendidas no chão ela viu duas criaturas de pijama a ouvirem música. Nós deviamos ter uma cara absolutamente horrivel porque ela olhava para nós extremamente preocupada.
- Meninos por favor... façam algo... mexam-se.
Eu tomei a deixa e levantei-me para trocar o cd e voltei-me a deitar no chão.
- Eu mexi-me. Já podes ir... – ela abanou a cabeça de modo reprovador.
- Eu quero que vocês saiam. Do quarto. Da casa. – virou-se para a porta e apanhou a roupa suja – Se vocês não querem que eu denuncie o vosso esquema á vossa mãe é melhor vocês porem-se a mexer!!
Com isto nós levantamo-nos.
- Não vale fazer chantagem!!! - eu gritei da porta do meu quarto, depois fechei a porta batendo com toda a força.
Olhei para o Chris e ele olhou-me de volta.
O nosso quarto era o que nós chamavamos, estava dividido em dois. Quer dizer os nossos quartos eram separados mas nós tinhamos uma porta interior que unia os quartos.
Eu escurracei o meu irmão para fora do quarto para me poder vestir.
- Nós vamos sair... – dei um ênfase á palavra ‘nós’. Eu não queria que o nosso esquema fosse estragado por causa da Emeline.
Bom eu passo a explicar o esquema.
Nós estavamos a poupar dinheiro para comprar bilhetes de avião para visitar os nossos amigos. Mas para isso nós precisavamos da Emeline, ela era a nossa espia e nossa parceira em crime.
Visto que ela agora nos estava a trair nós tinhamos que fazer o que ela queria...
- Nós?! Eu não vou... – eu olhei para ele o mais demoniacamente possivel.
Ele acenou apenas.
- Boa eu sabia que podia contar com o meu irmão favorito...
A seguir fui tomar um duche e vestir-me.
Acabei por optar por um cai-cai branco que dizia ‘Love art’ e uns jeans pretos, e, para acentuar o meu humor, calcei as minhas botas de biqueira de aço com umas flores cor-de-laranjas(N/A: na verdade estas botas não são de todo intinmidantes... eu tenho um par =3). Para finalizar pus um cachecol laranja a condizer com as botas.
Depois olhei-me no espelho.
Eu era elegante sem dúvida... as minhas curvas iam-se tornando mais acentuadas com o tempo. Apesar de eu achar que nunca mais lá chegava....
O meu cabelo tinha imensos tons de castanho, e por vezes ao sol parecia ruivo, passave da minha cintura e estava ligeiramente encaracolado nas pontas. A minha pele era bastante pálida, as minhas maçãs do rosto eram muito rosadas e os meus lábios eram cheios e depois vinham os olhos. Tal como o meu irmão nós tinha-mos um olho azul e outro verde... isto tornava-nos invulgares...
O meu irmão apareceu atrás de mim.
Quer acreditem ou não eu e o Christopher vestia-mo-nos a condizer e isto não rea intencional... era divertido!
- Vamos? – ele pôs a cabeça no meu ombro e eu acenei afirmativamente.
Descemos as escadas e dê-mo-nos com um sorriso da Emeline.
- Vão sair...?
- Sim... eu vou comprar umas pautas e umas tintas de que preciso...
Eu peguei nas chaves das motas e entreguei a do Chris a ele.
A prenda do nosso pai este ano foi a carta de mota e as duas belas máquinas que vieram conosco para a Alemanha. Abanei a cabeça e pensei no pé-de-vento que a mãe arranjou por causa das cartas. Acabei por me rir e o Chris percebeu e também sorriu.
Olhei para ele atentamente.
Nós podiamos ser gémeos falsos mas, aparentemente, estavamos muito unidos. Nós sabiamos tudo o que havia a saber sobre nós os dois, não havia segredos entre nós. No entanto eu e ele eramos completamente diferentes: eu era uma autêntica artista e ele era o ciêntista da família.
Por isso quando estacionamos as motas no centro da cidade seguimos caminhos separados, o que não era muito habitual. Apenas combinamos estar no parque de estacionamento ao meio-dia.
Eu deambulei pela cidade á procura de uma loja de arte e acabei por encontrar uma, assim que entrei perdi-me de amores por uma caixa de lapís de cor que acabei por levar. Depois disto perguntei onde poderia encontrar uma loja de istrumentos músicais e, felizmente, havia uma não muito longe.
Tal como seria de esperar perdi horas naquela loja e quando olhei para o relógio era quase meio-dia. Comprei as pautas e segui caminho.
Eu estava a olhar para a minha nova aquisição e não reparei, ao passar na passadeira, no carro que vinha a uma velocidade um pouco maior do que a permitida. Só reparei quando ouvi os peneus a chiar no chão.
Senti o sangue a fugir da minha cara.
Larguei a caixa de lapís, que caiu no chão com um estrondo e as pautas voaraam á minha volta.
Fechei os olhos e esperei pelo embate.
.:xxxx:.
Nós estavamos a ensaiar mas na verdade eu não estava com nenhuma disposição para tal e isso não tardou muito a ser reparado pelo Tom que estava a dizer: estás fora de tom. Tentei imitar a voz dele na minha cabeça.
Após algumas tentativas desistimos.
Sentamo-nos to dos no sofá e embora o Gustav e o Georg estivessem a falar animadamente eu e o meu irmão estavamos a “curtir” uma seca.
- Isto é decadente Bill.... – disse ele num tom bastante chateado – Temos de fazer algo.
De repente levantou-se.
- E que tal irmos almoçar fora...? Podiamos ir ao centro da cidade, eu precisava de comprar umas coisitas....
Começou a pôr aquele sorriso safado que só ele sabe fazer.
Olhamos para ele e eu percebi imediatamente que o “precisava de comprar umas coisitas....” significava ir galar raparigas no centro comercial...
Eu suspirei longamente e os outros acabaram por concordar com ele.
- Eu guio!!! – disse ele bastante excitado.
Olhei novamente para o meu irmão e tive um persentimento mau. Afatei essa ideia com um abanar de cabeça e subi para o lugar ao lado do condutor e partimos no jipe.
Mas os medos provaram-se verdadeiros.
Quando estavamos a chegar ao centro da cidade eu vinha já á meia hora a dizer ao Tom para ele abrandar o carro mas ele dizia que era perfeitamente seguro.
Até que a rapariga apareceu na passadeira.
Ela estava a olhar para a caixa e não reparou em nós.
- Porra!!! Tom carrega no travão!! – quando os peneus do carro chiaram a rapariga olhou para nós.
Largou tudo no chão e fechou os olhos.
Uma quantidade enorme de lapís cairam no chão e á volta dela voaram pautas.
Graças a Deus o Tom parou sem lhe tocar.
Eu saí do carro á pressa e olhei para a rapariga á minha frente. Os olhos dela eram lindos um azul e o outro verde...
Foi então que entre cabelos com mil tons de castanho e pautas de música, a esvoaçar, eu encontrei um anjo.